Eu odeio música clássica e não me envolverei mais

Como mencionei ontem no Tistory (티스토리), limpei todas as contas de redes sociais que seguia relacionadas a música clássica e tornei privadas as informações sobre minha formação em música contemporânea na Coreia. Alguém de fora pode pensar que eu não tenho formação superior, mas eu realmente desejo substituir meu diploma atual por outro curso, em outra área.

Ao mesmo tempo, meu ódio pela música clássica e contemporânea está no seu auge. Como não posso desabafar isso em minha vida cotidiana, resolvi escrever aqui para organizar meus pensamentos.

As minhas principais razões para odiar a música clássica podem ser divididas em alguns pontos. Primeiro, ela é muito entediante e tem uma alta barreira de entrada. Para apreciar totalmente uma sinfonia, um concerto ou uma sonata, preciso dedicar pelo menos 30 minutos a uma hora apenas para ouvir. Em vez de me envolver, minha concentração se dispersa, e depois de um tempo, esqueço até mesmo a melodia principal. As obras do período barroco, com duração média de 10 a 15 minutos, são um pouco melhores. Para um profissional moderno, isso é um desperdício de tempo terrível. Por isso, apesar de querer gostar, acabo odiando.

Em segundo lugar, a mentalidade fechada dos profissionais de música clássica. Na verdade, eu também era assim no passado, então não tenho muita autoridade para falar sobre isso, mas graças a Deus estou conseguindo enxergar a realidade. A maioria dos profissionais de música clássica não consegue se comprometer com a música popular; são, em suma, sapos em poço. Isso é ainda mais evidente na igreja. Para ilustrar, quando eu estava na faculdade, fui convidada para tocar no grupo de louvor, mas a pessoa que tocava para o coral na época se opôs veementemente, alegando que eu poderia danificar o instrumento (!?). E mesmo quando o coral e o grupo de louvor se uniram para apresentações de cantatas, ela demonstrava sua insatisfação tão abertamente que achei estranho.

Portanto, se tiver outra oportunidade de tocar na igreja, não me envolverei com o coral e me concentrarei apenas no grupo de louvor.

Terceiro, a excessiva idolatria dos compositores clássicos. Eles já não estão mais vivos, mas a mídia clássica e os apreciadores celebram seus aniversários e datas de falecimento com tanto alarde. E aqueles pedaços de papel amarelado são tão importantes que eles até criam museus para preservá-los cuidadosamente. Afinal, se houver um incêndio, tudo virará cinzas. (Recentemente, um incêndio em Los Angeles destruiu 20.000 peças, incluindo partituras e cartas de Schönberg.) A música clássica não mudou o mundo ou a história, então essa reação excessiva a pessoas mortas é, se pensarmos bem, um ato tolo e imprudente. Eu também costumava celebrar o aniversário e a data de falecimento de Vivaldi, mas agora parei, então não vou mais me envolver com estudos de história da música, ou apreciar música clássica e barroca.

(Por isso, ontem mesmo, sem hesitar, excluí a pasta de favoritos de música do meu Firefox.)

Depois de organizar tudo isso, me sinto mais calma e tranquila. Estou preparada para receber críticas, então não vou me importar com os comentários negativos. Adeus, música clássica! Ainda estou pensando se devo ou não apagar meu Spotify. Mas acho melhor deixar como está, por precaução.